Air-bags são itens de segurança indispensáveis. Os frontais, para motorista e passageiro, já são obrigatórios no Brasil. Recentemente, um defeito nos air-bags da Tanaka, empresa japonesa responsável pelo fornecimento para diversas montadoras, ocasionou o maior recall da história automotiva e milhões de automóveis terão de fazer a substituição, inclusive veículos populares no Brasil. Criado em 1952 e aplicado na indústria automotiva desde 1980, estima-se que os air-bags sejam os responsáveis por salvar milhares de vidas todos os anos. Pelo menos 30% das colisões frontais deixam de apresentar vítimas fatais graças ao acionamento dos air-bags. Quando dentro do veículo, automóvel e ocupantes viajam na mesma velocidade. Em caso de batida, apenas o veículo sofre desaceleração, enquanto o corpo do motorista segue em movimento, prestes a se chocar contra o painel do veículo. O air-bag deve estar inflado antes que a cabeça do ocupante atinja os objetos à sua frente.
Tudo acontece muito rápido, num piscar de olhos. Aliás, o tempo de resposta dos air-bags é mais rápido que isso! Em poucos centésimos de segundo um sensor identifica a força do impacto –geralmente aquelas que ocorrem acima dos 20km/h- e encaminha um sinal elétrico para o sistema de enchimento. Essa corrente elétrica é responsável por dar início a uma reação química entre dois compostos químicos: azida de sódio e nitrato de potássio. Quando reagem, ocorre a produção imediata de gás nitrogênio, fazendo a típica bolsa de nylon inflar a incríveis 320km/h! Pequenas perfurações na trama do sacos permite que o ar esvazie de maneira rápida após o impacto, evitando o sufocamento do motorista e, também, permitindo que o mesmo se mova com maior facilidade para poder sair do veículo.
Uma grande dúvida persiste: devemos realizar a manutenção do sistema de ar-condicionado? As montadoras não são unânimes quanto a essa resposta. Marcas como Toyota e Chevrolet não indicam revisões periódicas para air-bags. Já as francesas Citröen, Peugeot e outras marcas européias indicam que a substituição deve ser realizada a cada dez anos. Testes realizados nos Estados Unidos com carros de vinte anos de fabricação indicaram que os sistemas de air-bags funcionavam como se fossem novos. É fato que não existe um prazo de validade, mas o motorista deve estar atento às luzes indicativas do painel ou do computador de bordo. Mesmo com os recentes problemas relacionados aos air-bags da Tanaka, é impossível não reconhecer a importância desse equipamento de segurança.
Fonte: AutoEsporte e Howstuffworks